Dieta Mediterrânea e Depressão
- Patrícia Augustin
- 10 de out. de 2024
- 2 min de leitura

No mundo da nutrição e da psiquiatria, há estudos que fazem fortes associações entre padrões de dieta e depressão. Muitos sugerem que a presença de certos nutrientes na alimentação tem um papel crucial na manutenção de uma boa saúde mental. Por exemplo, a alta ingestão de fibras, tais como: vegetais, frutas e cereais integrais está correlacionada com o menor risco de sintomas depressivos. Em muitos estudos na nutrição psiquiátrica, há uma diferença visível nos sintomas da depressão entre indivíduos que têm uma alimentação baixa em fibras versus os que comem uma quantidade considerável.
Algumas recomendações importantes relacionadas ao aumento e diminuição do risco de depressão na pesquisa em nutrição e psiquiatria são: seguir padrões de dietas tradicionais, como a dieta mediterrânea, que têm impactos positivos na saúde mental; aumentar o consumo de frutas, vegetais, legumes, cereais integrais, sementes e oleaginosas por serem de alta densidade, ricas em fibra e baixas em gordura trans e saturada; aumentar o consumo de alimentos ricos em ômega-3, como peixes; substituir alimentos não saudáveis por saudáveis e nutritivos; e limitar o consumo de alimentos processados, como os fast foods, ricos em gordura trans e saturada, carboidratos refinados e açúcares.
No que se refere à dieta mediterrânea, ela não só demonstrou benefícios para a saúde, como também ser uma dieta altamente palatável e parte sustentável de um estilo de vida saudável. Ela cumpre com o requisito de nutrientes biologicamente ativos, tais como: polifenóis e gorduras insaturadas, necessários e com efeitos positivos para o corpo humano. É uma dieta anti-inflamatória e antioxidante que combate a resistência a insulina, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, doenças gastrointestinais e obesidade, tendo, assim, também, consequentemente um impacto positivo nos sintomas da depressão.
Evidências indicam que a dieta mediterrânea é uma das mais saudáveis e a matriz dietética padronizada mais ambientalmente sustentável, promovendo, assim, uma abordagem viável, natural e simples com o potencial de prevenir o aparecimento e reduzir a sintomatologia da depressão. Em alguns estudos, a elevada adesão à dieta mediterrânea tem sido associada ao reduzido risco de depressão ao longo da vida adulta, além de ser uma abordagem não farmacológica para melhorar o status depressivo em pacientes adultos que sofrem de depressão.
A adoção do padrão da dieta mediterrânea em associação com o uso de terapias farmacológicas e psicoterapia detém grande impacto na diminuição os sintomas depressivos e, também, na prevenção da depressão em si. Além disso, variáveis como microbiota intestinal, estilo de vida, sono, estresse, autoestima, entre outros, são também fundamentais para o tratamento de doenças mentais, como a depressão. O mundo da nutrição psiquiátrica é novo e recente e ainda precisa de muita pesquisa e estudos pela frente, mas já possui uma abordagem fundamental para os tempos atuais.






Comentários